segunda-feira, 6 de abril de 2009

A grande jornada pela Europa - Parte 4 - Final

Visto a minha dificuldade de concluir os posts sobre a viagem, concluirei o blog com um relato mais sucinto sobre minhas ultimas semanas em terras européias.

No último episódio, chegava eu em Leeds para o começo das minhas provas. Entre o dia 08 e 12 de Janeiro, alternei entre descanços, despedidas e um pouco de estudos. Descanço era primordial, pois estava fatigado de viajar e já completei 29 dias bebendo todos os dias, sem exceção. Fiz a primeira prova no dia 12 e como minha segunda e ultima prova seria apenas no dia 22, no dia 13 parti sozinho para Dublin. Passei 3 dias na cidade, pior viagem que fiz nesse período todo. Além de estar sozinho e o povo do albergue não ser muito sociável, a menos de 2 americanos que me acompanharam em alguns programas, tudo era absurdamente caro. Valeu a viagem pela visita à fábrica da Guinness, talvez a cerveja mais famosa do mundo e pelo City Tour que foi bem interessante. Saindo de Dublin, ainda passei muita, mas muita raiva no aeroporto pois a gerente da empresa aérea não deixou que eu embarcasse com meu mochilão como bagagem de mão, mesmo eu mostrando pra ela que estava dentro dos limites permitidos. Tive que desembolsar 20 euros pra despachar o mochilão. Isso tudo às 4 da manhã.

A próxima parada era Edimburgo, que conseguiu mudar todo o mau humor com que cheguei na cidade. Tudo é muito legal lá. As pessoas são super agradáveis, o albergue era ótimo e o clima escocês da cidade é muito divertido. No primeiro dia lá, ainda estava sozinho, então aproveitei pra fazer o Tour andando pela cidade, que também foi muito interessante pois a guia tinha a manha de contar as várias histórias que a cidade tem. Descancei pela tarde e à noite fui em um Pub Crawl, contendo 5 pubs e finalizando em uma Boate. Valeu muito a pena. No outro dia, Mari e Rachel, minhas amigas paraibanas de Leeds chegaram em Edimburgo. Compramos um Chivas 12 anos pra aquecer e junto com outros brasileiros que estavam no Albergue, saímos a noite pra tomar uma e conversamos com vários escocêses muito gente boa durante toda a noite.
No dia seguinte, domingo, andamos mais pela cidade e a noite fomos a um pub que tava tendo música escocesa ao vivo. Pra finalizar a noite, ainda fomos em um Karaokê pra relembrar os primeiros dias em Leeds.

Segunda-feira, dia 19/01, voltei para Leeds. Nesse mesmo dia, ocorreu o show do Little Joy, banda do Rodrigo Amarante do Los Hermanos, na casa de shows Cockpit. Foi praticamente um show particular para nós, uns 15 brasileiros, e mais uns 200 ingleses que também estavam lá. Durante essa última semana, ainda consegui conhecer as brasileiras da UFMG que fariam o intercambio no semestre seguinte, a Josie e a Raíssa. Coincidentemente, ambas já fizeram francês comigo. Provas concluídas, mais e mais despedidas aconteceram. A ficha de que estava acabando não caía, e só foi cair mesmo mais ou menos um mês depois. Com muita pena de deixar a vida que criei por lá pra trás, no domingo, dia 25 de janeiro, acompanhado até a porta pelo Niccolo, Diana e Sarah, peguei um taxi para rodoviária e um ônibus para Londres.

Chegando em Londres, encontrei com o Di Stéfano, amigo meu aqui de Belo Horizonte, que estava passando uma temporada na casa da mãe dele, que mora lá. Durante dois dias demos umas voltas pela cidade, fomos nos pontos turisticos principais, inclusive Abbey Road. Foi o que chamamos de I Encontro Internacional do Boteco de Estádio.

Dia 27 de janeiro, peguei um avião para Berlim e encontrei novamente com a Pri. Nesse mesmo dia, fomos a um campo de concentração nos arredores da cidade. Não sobrou muita coisa do lugar, mas mesmo assim tem um clima muito pesado por lá. À noite, saímos a procura de um restaurante com comida típica alemã. Comemos uma deliciosa linguiça com mostarda, cebola e batatas. No outro dia, fizemos o City Tour e conhecemos os principais pontos turísticos da espetacular cidade. Cada lugar que você vai tem uma relevância impressionante. É como pegar o livro de história e sair visitando todos os lugares. Pela noite, a Pri foi embora e eu ainda tinha mais um dia de Berlim a frente. Então, no dia 29, me obriguei a sair do albergue e dar mais uma volta na cidade. Que BH é um ovo todo mundo sabe, mas eu me assustei quando, na fila para visitar o parlamento alemão, escuto alguns brasileiros conversando e, então, me deparo com Queixudo, Amim, Renata e Gabi conversando, os mesmos que eu havia passado 3 dias em Lisboa. Me juntei então a eles e passamos esse meu último dia em Berlim juntos. No fim da noite, eles foram embora para o albergue deles e eu fui ao cinema assistir Operação Valkyria, um filme sobre uma tentativa de assassinato por alemães que Hittler sofreu perto do fim da guerra. O filme ficou muito mais interessante por eu ter acabado de visitar vários dos lugares em que o filme se passa!

Viagem finalizada, no dia 30 de janeiro voltei para Londres, onde ficaria mais 3 dias sozinho no apartamento da mãe do Di Stefano. Muito tranquilamente, fiz minhas últimas compras durante esse tempo, assisti a alguns jogos de futebol em pubs, uma experiência que eu não havia tido muitas vezes em Leeds. Na noite do dia 01/02, depois de muita luta para encaixar peso e dimensão nas malas e assustado com a neve que começava a cair, fui para o aeroporto, de onde iniciaria a viagem de volta pela manhã seguinte. Tentei durmir um pouco durante a noite, e quando amanheceu começou a luta pra voltar pra casa. Todos os vôos atrasados, aeroporto fechado pela maior nevasca que caía em Londres em muito tempo. Meu avião saía de Madrid pra SP às 12:30. Quando consegui sair da Inglaterra, era tarde demais pra pegar o vôo pra SP. Tive que permanecer mais um dia na capital espanhola. Aproveitei então o hotel pago pela empresa aérea e comi deliciosas 3 refeições e dormi o resto do tempo. No dia 03/02, tudo deu certo. Peguei o avião no horário marcado, desembarquei em SP em cima da hora de pegar meu vôo pra BH, porém não fui parado pela alfandega e consegui embarcar normalmente. Por volta das 23h desembarquei em Belo Horizonte. Era o fim da jornada.

Muito obrigado a todos que acompanharam essa história e me deram apoio a continuar escrevendo. As fotos estão todas no meu Orkut.

Um abraço e até uma próxima viagem!

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